cenografia, figurinos e interpretação para:
crónica
teatro com encenação de carlos malvarez, a partir de textos de antónio lobo antunes, para o teatro do azeite.
estreia no teatro da trindade - sala estúdio, lisboa em março de 2012.
assistência de encenação: margarida bento
vídeo: tiago costa e carlos malvarez
fotografia: tiago costa e luís m. barros
interpretação: carla gomes, eduardo frazão, hugo f. matos, joana sapinho, pedro filipe oliveira, sílvia almeida, telmo bento.






















































as crónicas não têm importância
são piscinas para crianças, a gente tem sempre pé, a água dá sempre pela cintura.
eu jogo a vida nos livros.
escrevo as crónicas porque me pagam.
não me interessa.
e fico muito surpreendido com o acolhimento que elas têm.
in escrever, escrever, viver de solveig nordlund


















com que palavras vamos finalmente chegar ao nosso contentamento? com todas, com nenhumas, com aquelas? aquelas que não conseguimos descobrir, mas que nunca deixaremos de procurar, de elaborar em construções desmesuradas que nos ocupam a vida e acalmam a revolta. aquelas palavras que, na sua existência, só sussurradas decomporiam a realidade em contextos indecifráveis e essenciais.
tendo como mote textos de antónio lobo antunes, crónica assume-se como um espectáculo onde sete jovens actores se prestam à narração de histórias. um narrar onde a linha entre o que há de real e ficcionado não é nítida, onde as disciplinas cénicas se misturam como a única forma de criação eficaz do acto teatral. sozinhos, juntamo-nos para viver ou reviver os locais ermos onde precisamos entrar, do âmago ao chavelho.
carlos malvarez